Esses aproveitamentos são geralmente explorados a fio-de-água, sempre que possível com regularização parcial através de eclusagem no circuito hidráulico para concentração da energia produzida nas horas fora de vazio, e integram pequenas obras de captação, circuitos hidráulicos em superfície livre e em pressão, centrais equipadas com turbinas geralmente do tipo Francis ou Pelton e as necessárias interligações com a rede elétrica nacional.
A tecnologia das centrais hidroelétricas encontra-se bem desenvolvida, possibilitando a geração de eletricidade de modo seguro, barato e não poluente, representando uma excelente alternativa, tanto na vertente ambiental (não emissão de gases com efeito de estufa), como na vertente económica (diminuição das importações de combustíveis fósseis). |
Atualmente, e em ano médio, aproximadamente 22% da eletricidade consumida em Portugal tem origem hídrica, com base em empreendimentos de diferentes características.
Encontram-se em funcionamento em Portugal cerca de 120 PCH. Estas centrais, em conjunto com as cerca de 15 centrais hidroelétricas com potência compreendida entre os 10 MW e os 30 MW, têm instalada uma capacidade total superior a 670 MW. Numa avaliação prospetiva do potencial hidroelétrico português, apresentam-se no quadro ao lado estimativas do potencial existente, já em exploração ou ainda por aproveitar, conforme os valores disponíveis. Da análise dos valores contidos nesse quadro, salienta-se a considerável capacidade ainda não explorada, sobretudo através de aproveitamentos de pequena e média dimensão. |
(i) segundo estatísticas da DGEG relativas a dezembro/2023
(ii) conforme “Cenários de Evolução Prev. da Produção em Regime Especial 2005-2025”, da REN; (iii) contabilizando PNBEPH, outros aproveitamentos planeados e reforço de potência; (iv) produzindo em 2023 (ano com índice de hidraulicidade de 0.99) 60% do consumo total de eletricidade. |
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